domingo, setembro 30, 2007

Viver. Hoje.

Olho para trás e vejo que passou tanta coisa...tanta coisa em que não voltei a pegar... Olho para mim e descubro-me mais um bocadinho. Tento entender os meus sonhos e os meus sentimentos. São tão diferentes, agora...! Acordam e existem por motivos diferentes! É tão giro...! Hoje vejo-me a exercer algo, num futuro longínquo...hoje sinto a erva a crescer...hoje oiço aquela fotografia de há uns dias... Hoje apaixono-me! pela vida? por mim... por Deus. pelos amigos! pela escrita... por este blog. por...ele. Cada bocadinho é mais um bocadinho. É só isso. Mais um bocadinho. Pode valer tanto! Pode ser tão bom! Pode fazer ver tanta coisa! Pode fazer valer tanta coisa!...Porque não?? Saibamos dar esse passo! Saibamos correr esse risco de nos apaixonarmos de novo! Viver um cadchito de cada vez. É tudo tão mais fácil... Torna tudo tão mais saboroso... Eu quero! Quero viver! Quero sentir! Quero amar! Quero ser criança neste meu desejo! Pura! Infantil! Inocente! Porque SIM!! ...Tu não? =D

sábado, setembro 29, 2007

É bom.

E este...bem, este foi o nosso abraço.
É bom saber que há coisas que nunca mudam. É engraçado perceber que nunca, jamais, em tempo algum poderemos controlar a 100% se muda ou não. É bom rever uma cara, sentir de novo um cheiro, voar outra vez na mesma voz. É bom como voltar a casa depois de uma temporada bem longe. Não poderemos dizer que não gostámos de estar fora...mas como nos soube bem voltar a casa!... É bom poder ir dormir hoje, lembrando aquela palavra... "Adoro-te"... Ficou no ar, amigo...como um lembrete aceso de como és importante para mim...

domingo, setembro 23, 2007

Grey Days

foto do google
"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem, cada um como é."
Alberto Caeiro [Fernando Pessoa] (1888-1935)
É o poema mais pequeno que conheço. Trouxe-mo a minha mãe, a dizer que ele tinha a minha cara. Disse "Para todas as pessoas este poema tem um sentido. Para ti, quer dizer exactamente o contrário.".
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As pessoas dizem sempre "está um óptimo dia", quando vêm um céu limpo. Não percebo porquê. É pura teimosia que transmitem ao seu cérebro. Nos dias cinzentos, é quando há mais acidentes nas estradas. Porque a cinza do céu apaga as cores da retina - e as pessoas vêm tudo cinzento. Quem vê tudo cinzento, não destingue um vermelho dum verde, não repara nas passadeiras, não se apercebe de um sinal de proibição, fica sem reacção à cor dos carros que passam. Para estes cérebros, o cinzento é uma cor pesadíssima. (Toda a gente diz que o preto, o breu, é a ausência de cor. Eu acho que para o cérebro, é o cinzento.) O pesar que esta cor que vem do céu tem sobrecarrega a memória, o sistema imunitário, abranda os reflexos, afecta todo o funcionamento normal do corpo.
Tudo porque mandámos dizer aos miolos que o dia estava péssimo quando não descobrimos o Sol.
É preciso ser muita humano, pah...

sexta-feira, setembro 21, 2007

Expira... mas rápido.

Acabou. Primeira semana de aulas...acabou. É...diferente. É diferente porque estamos todos diferentes. E...a mudar. E é diferente porque faltam cá partes de nós. Outras pessoas que nos completavam por chamarem certos sorrisos em nós...faltam cá, este ano. Vem o fim-de-semana...o trabalho. As confissões de última hora. Os trabalhos de casa e os trabalhos de grupo. Há muito que deixou de fazer sentido, nas nossas cabeças, associar o fim de semana ao descanso. É pena. É diferente porque mudámos muito. Mudámos imenso. Damos prioridade a coisas diferentes de antes. Começamos a pensar sozinhos e a confrontar ideias. Começamos a ter discussões de gente e a chorar por motivos cada vez mais sérios. Aliás...ver-se uma lágrima é cada vez mas raro... Amanhã levanto-me cedo...talvez não o faria se não me estivesse prometida mais uma nota... Não, de todo. É diferente porque...andar para trás, não podemos... Como era bom ter a certeza de um ouvido...de uma compreensão mesmo ao pé da mão...de uma resposta útil já, aqui... Que falta me faz aquele diário que escrevia quando tinha tempo para isso...!

segunda-feira, setembro 17, 2007

Vício De Ti

Começou…estavas lá…de boné preto. É que…estavas mesmo. E foi diferente. Estamos maiores, estamos novos…mas tu estavas lá. A tua voz voou de lá de trás…foi o único minuto em que mais ninguém falou. Era estranho ouvir a tua voz a vir de lá de trás. Tinha saudades. Atravessou o ar e trespassou-me como um aguilhão. Feria de tão contente, de tão solta… Então as nuvens cinzentas que por lá apareceram quiseram mascarar-se de luz, de alegria…quiseram ofuscar em alívio as nossas posturas. Os miúdos coxichavam, quando passavas…mas a nós nada nos atingia…estavas lá, eras real…e és o único que se pode gabar de poder usar boné na aula!

quinta-feira, setembro 13, 2007

Coração

Não consegui escrever nada a 11 de Setembro, embora tenha querido...lembrei-me hoje de vir procurar um texto...encontrei. Escrito por um amigo que faz anos exactamente neste dia que nos trás à memória as imagens dos aviões, das torres, as notícias... Um amigo a quem muito admiro e que um dia teve o seu cantinho aqui.
O coração era tido como o orgão que amava sobre todas as coisas. E aqueles que nunca amavam, com frieza exigiam e exibiam dos outros o coração, por não saberem que ele amava. Mas, séculos depois, um neurocirurgião, dono de muita razão, veio dizer que o coração não amava, era o cérebro que o fazia; o cérebro, que à primeira vista parecia dono de tanto siso, era posto assim a descoberto como sendo um desvairado, apaixonado. E porém, parece perigoso, misturar assim a razão e o sentimento! Mas tal não livrou os românticos de, em tardes em que o sol, langoroso, esticava pelo céu os seus raios luminosos, gravarem em troncos grossos e fortes, corações sem veias nem artérias.
- Oh! desenganem-se os iludidos!, vociferam os que, do alto do seu saber, contemplam com um sorriso irónico tais imagens. O coração é um músculo esforçado, é uma bomba de sangue. Uma bomba de sangue?! Então podia ser... Então é possível, ter coração e não ter sentimento, então é posssível que no mundo tanto sangue exploda, com estrondo, então são possíveis as bombas dispoletadas pelo rancor, pelo ódio. Então é possível, que falta de amor!
webdreamer

quarta-feira, setembro 12, 2007

Está a chegar...

E com ele...
Os gorros, os casacos
As botas, as chuvadas
As luvas, o cieiro
A ansiedade, a pressa
O nevoeiro, a trovoada
Os colegas, os amigos...
Os professores, os testes
As folhas, as castanhas
As poças, os abraços
Os collants, os kiwis
Os TPCs, os TGs
Os aguaceiros, as boas notícias
As aulas de E. Física canceladas...
As lutas, os almoços
Os risos, as emoções
O despertador, o duche de manhã...
Os jantares. E os amigos.
.
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Chega também a falta de tempo...a falta de sono...e a falta de férias!
Amigos...vi esta folha amarela, no jardim em frente a minha casa, senti o vento na cara e o cheiro de nuvens cinzentas, enquanto esperava um amigo há muito desaparecido...
Orgulho-me ao dizer...que me senti em casa...

segunda-feira, setembro 10, 2007

É tão difícil...

Ouvir música e não nos rever em cada estrofe...
Ou nadar sem lembrar as lições de cambalhotas...
Ou escrever e não sair o teu nome...
Ou desenhar sem sair representado amor, nostalgia, saudade, cativeiro, dor...
Ou dançar sem te ver a assistir...
Ou viver e não lembrar os nossos momentos...
As promessas que fizemos...
Os segredos que trocámos...
Os laços que criámos...
Os momentos que partilhámos...
A cumplicidade que se instalou...
Será que te lembras?
Será que também os sentes, perseguindo-te onde quer que vás?
Será que também desejas, nem que por apenas um momento, se repitam mais uma vez?
Tudo isso: nosso e passado: será lixo?
Já não trago comigo todas as respostas do mundo, como costumavas acreditar... Pois face a todas estas perguntas me reduzo à minha ignorância...e a cada uma delas não posso responder mais do que "Não sei..."...

sábado, setembro 01, 2007

Houve apenas uma coisa...

"Tive tudo. Aprendi tudo. Fui à escola, tirei boas notas. Aprendi ciências e línguas variadas. Sempre mostrei emprenho em tudo e não deixei cair totalmente os estudos nem pelos problemas psicológicos. Em casa tenho dois irmãos que respeito e adoro, assim como meus pais, a quem obedeço. Aprendi a ser uma garota educada, livre e consciente. Sim, meus pais sempre me deixaram sair, escrever e desenhar, ensinaram-me a criar asas nos meus conhecimentos e ensinaram-me a voar. Sei nadar, dançar e cantar. Sei escrever, ler e correr. Sei estar, e sei ajudar. Trabalho para ajudar nas contas lá de casa. Tenho muitos amigos, que todos os dias agradeço, que cuidam de mim e me deixam cair para me ajudar a levantar. Aprendi que nem tudo cai para baixo, que os gatos nem sempre caem de patas e que esconder fruta no copo para não comer mais não é assim tão boa ideia. Aprendi as águas, do Nilo ao Guadiana, e as terras e culturas, de Hampshire a Liubliana. Aprendi que não se deve gritar com as outras pessoas, bater com a cabeça, nem tão pouco tentar tirar da cabeça o que não sai do coração. Aprendi a amar, a sorrir e a chorar. Só não aprendi a perder."