quarta-feira, abril 14, 2010

Com o nariz.

A minha professora de Filosofia ficou boqueaberta quando lhe dissemos o que líamos. Os alunos de Humanidades não lêem?! É como um pintor sem pincéis! Faz como? Com o nariz?!...
Quando há uma proposta, há uma decisão. Em jogo fica o tempo, a energia, o pensamento. A pessoa toda dá-se àquilo que se determina a fazer. Há só que determinar-se, porque o resto chega sempre a tempo. E sai perfeito. Porque não podia ter sido melhor, porque se alguém se determinou a fazer então jogou aquilo que tinha. Estava determinada, possa. E fez-se. Claro que se tivesse sido isto ou aquilo de outra forma, teria sido melhor. Ou pior, não sabemos. Mas foi perfeito, porque o que podia ser feito, fez-se. Há só que determinar-se.
A determinação, a convicção, a convicção verdadeira - pesada, medida, pensada...é sempre, sempre igual a um Faça-se. A um enorme Faça-se que se torna vento e verdade, mesmo que seja um trabalho de História para ontem à tarde. E sobre a peste que assolou o século XVI, e as pessoas mortas apodrecidas dentro de casa em que ninguém queria tocar. A um Faça-se que se Faz, em espírito e verdade, mesmo que seja com o nariz.

terça-feira, abril 06, 2010

Sol da meia-noite

não ha morte sem homem

não sem homem há morte

não há homem sem morte

não sem morte há homem

não sendo homem a morte

não sendo morte o homem

vai sendo o homem a morte

vai sendo morte o homem

falando não a morte

falando não o homem

vai sem homem a morte

vai sem morte o homem

Ernesto