Não te sei falar. Simplesmente, não te sei falar. É como...se não tivesse palavras para ti. Quer dizer...não, não quer dizer nada, não tenho mesmo palavras para ti. Lá está: temos todas as armas contra tudo, estamos preparados para responder a tudo, e defendemo-nos de tudo, até do amor. Mas é amor que te tenho? Tenho amor a alguém a quem não sei falar? É que não sei mesmo o que te dizer. Tudo o que tinha, disse. Não há já nada que não saibas, ou tenhas sabido. Sou repetitiva, redundante, no que toca a ti.
Impotente. Sinto-me tão pequena... És tão crescido...! Sim, sei que não escolheste crescer...és aliás das poucas pessoas que parece saber o verdadeiro valor do prazer de sermos crianças. És um homem. E eu tenho o maior orgulho em ti. Sei que não devia, na teoria não me és nada... Mas és tão grande! Se um dia eu tivesse metade daquilo que tu tens...fosse no que fosse: coragem, humildade, amizade, verdade, inteligência, doçura, capacidade de perdão, capacidade de entrega...oh, amigo, como teria enriquecido!
Um dia dissemos que a nossa amizade sobreviveria a tudo. O que me fascina, ainda hoje, é a tamanha confiança e despreocupação que púnhamos nessas palavras. É que...não imaginávamos a vida de outra forma. Esses eram dias em que te chamava algo parecido com Melhor Amigo. Hoje? Posso chamar algo assim a alguém a quem não sei falar? Não sei....a mim apetece-me, porque nunca tive amigo maior que tu. Sim, posso ser ingénua, mas não creio algum dia vir a ter. E, no entanto, sinto-me perfeitamente inútil. Vou continuar aqui às voltas. Talvez apareça algo que me desvie a atenção, para continuar a viver no mundo ridículo que construí, aqui.
Um blog acerca da concordância entre o pensamento e o objecto do pensamento. Por meio de tentativas, erros e silogismos parvos, usando de alguma dialéctica, muita metafísica e muito pouco distanciamento crítico. O eu não existe. Mas os pijamas sim.
sexta-feira, novembro 21, 2008
domingo, novembro 16, 2008
Shh...
O silêncio é como o escuro. /
Pode meter-nos medo, pode deixar-nos desconfortáveis, pode ser tudo o que precisamos. /
É no silêncio profundo de nós mesmos que nos encontramos connosco, acho. Não digo que é lá que nos conhecemos, porque nós conhecemo-nos nos outros, e nada se faz se forma solitária. Mas é lá que me encontro comigo, que me encontro a mim. /
E o silêncio vai tendo uma grande importância em cada fase da nossa vida, digo eu. /
Precisamos dele para dormir - mesmo que consigamos dormir sem ele, faz mal aos miolos - e para pensar. Ora dormir e pensar são das coisas mais importantes na vida, não? /
E às vezes um silêncio vale mais que todas as palavras. /
Mas como dizia o mfc, o silêncio é um texto fácil de ser lido errado. E é aqui que entra o conhecimento do outro, a cumplicidade. Se existe, tudo será claro. /
O silêncio é das coisas mais bonitas que pode haver. /
Um dia um amigo disse-me que à medida que vamos conhecendo uma pessoa, o silêncio tem um papel cada vez mais especial. No início, geralmente, é constrangedor. Moemo-nos por dentro a pensar "Diz alguma coisa de inteligente, diz!". Chega o dia em que o silêncio não dói, não faz mossa. É até necessário. Percebi que é assim que se constroem as amizades. Na confiança suficiente para não ter medo de ficar em silêncio. /
E sou contente, ao pensar em todas as pessoas com quem não tive medo de me calar.
segunda-feira, novembro 03, 2008
Vekk.
Quero adormecer. Para sempre. Adormecer...
Viver em Vale-de-Lençóis.
Está declarada guerra de almofadas a quem se meter no meu caminho.
E aviso já, porque está decidido: vou de pantufas.
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