Não sei o que se passa.
Num segundo, num olhar, numa saudade, num aperto, quero-me aqui nos teus braços.
Não te quero a ti, mas a mim contigo. Gostei de quem fui enquanto estive contigo. Gostei...de me sentir confortável e protegida e quentinha...contigo.
Adoro o tempo que passámos juntos. Podia dar aqui esquilhões de pormenores. Mas são nossos. E incontáveis. E, talvez, passado.
Noutro momento, muito diferente do primeiro, odeio-te profundamente. Acho-te infantil e egoísta. Sinto-me ingénua e estúpida por continuar a dar-te ouvidos. Se calhar. Quem sabe?
Sei que gosto de ti. Por seres bonito. Por conseguires ser a pessoa mais meiga deste mundo. Por seres chato e birrento, por (quando te lembras) estares lá se eu precisar. Por me fazeres rir. Gosto de ti. E de passar tempo contigo, sem que ninguém nos chateie, sem nos preocuparmos com a autoestrada.
Aprendi que as pessoas são mais bonitas quando choram. Porque são verdadeiras. Sinceras. Reflectem aquilo que sentem e são. Todas as pessoas.
Gosto de ti. A sério que gosto.
Apesar de seres um ouriço-cacheiro de cada vez que tento pegar-te.
Depois de tudo o que passou...guardo poucas certezas.
Foram tempos em que rimos e chorámos, foram dias em que tentámos crescer à pressa, foram momentos que hei-de guardar. E sem migo e sem tigo nõ funcemina.
Foi tempo bem gasto.
Obrigada!
a gerência.