Sim, preciso que me aproves.
Duvido do que sei, do que consigo, do que já fiz. Arrisco, decido, escolho, às vezes. Outras prefiro que escolhas por mim.
Não é necessidade, não acredito. Ou pelo menos não completamente. É hábito, é escolha e também é preguiça. Depender de ti é uma escolha. E às vezes é só querer partilhar, o meu objectivo é que me oiças, que me saibas, não que me resolvas.
Mas eu não percebo qual o problema da insegurança. Quem é que não tem medo? Não são os outros que nos validam? Não é essa segurança a que nos permite deixar ser? Corresponder, não é o que procuras? Não se trata de um auto-aniquilar cego para se tornar o outro, mas de ser humilde, absorver o que os outros têm para dar, dar-lhes espaço, entregar-se, partilhar.
É que, no limite, prefiro achar que não sou nada e poder ser que achar que sou e na volta não ser. E sabes, o melão elaborado e intrincado, que parece tão completo, precisa mesmo da maçã simples, ou em vez de doce é caldo.