Um blog acerca da concordância entre o pensamento e o objecto do pensamento. Por meio de tentativas, erros e silogismos parvos, usando de alguma dialéctica, muita metafísica e muito pouco distanciamento crítico. O eu não existe. Mas os pijamas sim.
terça-feira, julho 22, 2008
Morri-te-me.
sábado, julho 12, 2008
200º Post
quarta-feira, julho 09, 2008
Ora bem...
sábado, julho 05, 2008
sombra.
A sombra é, realmente, qualquer coisa de espectacular.
Há muito que me apaixonei por ela. Tenho um amigo que a associa a um melhor amigo que está sempre lá, vigiando nossos passos. Que a ele a sombra faz lembrar um irmãozinho mais novo para quem somos fascinantes. Mas eu vou mais longe. Para mim ela é a única prova palpável de que podemos ser maiores do que nós. A sombra...é a imagem real e concreta de nós mesmos. Sabe reduzir-se e ser mínima, pode crescer e ser incalculável. Nós somos mais que nós mesmos quando damos sem reservas, por exemplo; e assim somos maiores do que o pequeno eu que conhecemos. Porque existimos no outro, no próximo. Então nós crescemos de tamanho. Ocupamos mais espaço no mundo. E a nossa sombra pode ser maior que o nosso corpo. Por isso digo que é a representação. A prova palpável. Quando me dedico ao meu amigo, ao meu próximo, deixo um bocadinho de mim nele. E ele tem-me. Ele conhece-me e por isso tem uma opinião sobre mim. Essa opinião também é uma definição de mim, certo? Então, se eu conseguisse juntar tudo o que todas as pessoas que conheço pensam de mim...saberia o tamanho exacto que ocupo no mundo, verdade? MENTIRA! Porque eu levo os meus cães à rua todos os dias, e quando eu não apanho o cocó, os homens que estão no café em frente ao jardim ficam a pensar muito mal de mim, e eu não os conheço. Mas eles também têm uma definição de mim. Aquele também é espaço que eu ocupo. E a única coisa física que se estende com esta rapidez é a sombra.
Projecta tu, na tua imaginação, uma luz, a luz mais forte que conseguires, para o teu corpo. Que o jacto de luz descreva uma linha vertical em relação ao chão. Não tens sombra, ou tens muito pouca, não é? Se pudesses fazer com que essa luz se movesse de maneira a passar a descrever uma linha horizontal, a tua sombra cresceria a uma velocidade alucinante, e não poderia acabar, porque a Terra é redonda. Na teoria, a tua sombra seria projectada no espaço.
A sombra é, para mim, o retrato físico mais fiel de nós mesmos. Tem lá tudo. Tudo o que somos, tudo o que fomos. E está sempre actualizada!
Gostava tanto de conseguir, como o Peter Pan, apanhá-la...a minha, claro. Teria tanto para lhe perguntar...
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[to be continued]
Ao Hugo Sousa e ao Rui Coelho, amigos como deve ser!
quarta-feira, julho 02, 2008
Melhor Amiga
terça-feira, julho 01, 2008
24 XPTO : mais que um fim-de-semana
Como dizia lá no site, foram 24 horas em que, no encontro com Cristo, nos pudémos encontrar connosco próprios, e com centenas de outros que quiseram ser XPTO. O 24 XPTO foi um acontecimento para todos os jovens, querendo festejar:
o início do ano Paulino, convocado por Bento XVI;
os 30 anos de bispo do Senhor Patriarca, estando com ele;
as ordenações sacerdotais da nossa diocese.
Foram 24 horas de verdadeira comunhão, de verdadeira partilha, foram 24 horas em que vivemos e testemunhámos Cristo nas nossas vidas. Tudo começou na Sé de Lisboa, às 18 horas de sábado, onde nos reunimos com o cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, que respondeu às nossas perguntas com um sentido de humor que surpreendeu muitos. Jantámos no chão de Lisboa, junto à Igreja de S. Nicolau, e partindo daí, caminhámos nas pegadas de Paulo, o último dos apóstolos. Caminhámos por Lisboa: passámos por Santos, pelas Docas, com as nossas velas, com os nossos cartazes, com as nossas orações, e vencemos todos os olhares e comentários de desaprovação que nos foram atirados pelo caminho. Por onde passávamos íamos parando o trânsito: íamos a caminho de Cristo, creio que tudo o resto podia esperar.
Muitos não chegaram a dormir: a adoração durante a noite era bem mais importante. Estávamos quentinhos, no Mosteiro dos Jerónimos, e a animação era feita por vários grupos de jovens da Diocese de Lisboa. No domingo de manhã começaram as viagens missionárias. Só posso falar da minha: O Anúncio na Cidade. Foi-nos dado um cartão 7 Colinas, para que pudéssemos deslocar-nos por Lisboa, e confiada a missão de evangelizar na rua. Vinte e poucos adolescentes juntos, evangelizando na estação do Cais do Sodré, em sintonia com as outras centenas que evangelizavam com a mesma força - chamada Cristo - noutros pontos da cidade.
O encontro acabava com as ordenações sacerdotais, também no Mosteiro dos Jerónimos, mas creio que nenhum de nós acreditou que o XPTO acabava ali, de facto. Penso que soubemos, a determinada altura, que iríamos repetir os mesmos gestos e ser invadidos pelo mesmo Espírito ao longo da nossa vida.