quarta-feira, agosto 25, 2010

Fora

Ás vezes, é só o que é preciso.
Pôr a cabeça de fora. Prender o medo aos atacadores e assentar no diafragma. Como...quem come uma lapa pela primeira vez.

sábado, agosto 07, 2010

Eu não ladro quando tenho medo.

Ele disse-o em voz alta. Houve um dia em que foi, assim de rajada. Dói-nos dizer as coisas. Porque saem do sofá pensativo de nós mesmos, onde tudo é uma ideia, para o universo imutável daquilo que já foi dito, já foi feito e já passou. Porque se tornam essa verdade que somos, que respiramos, que doemos.
Apavora-me. Mais que o escuro, bichos e gritos, todos juntos. Tenho medo de não estar ali. De não ter estado antes, ou de poder ter feito melhor. Medo que comece, que acabe. Medo de não ser. De dizer e de não dizer. Medo de não saber escolher as palavras, porque normalmente não sei. Tenho medo de me perder.
De perder a minha pessoa.
Ele ladrou. Mas e eu? Quando vou perder esta batalha?