Ele disse-o em voz alta. Houve um dia em que foi, assim de rajada. Dói-nos dizer as coisas. Porque saem do sofá pensativo de nós mesmos, onde tudo é uma ideia, para o universo imutável daquilo que já foi dito, já foi feito e já passou. Porque se tornam essa verdade que somos, que respiramos, que doemos.
Apavora-me. Mais que o escuro, bichos e gritos, todos juntos. Tenho medo de não estar ali. De não ter estado antes, ou de poder ter feito melhor. Medo que comece, que acabe. Medo de não ser. De dizer e de não dizer. Medo de não saber escolher as palavras, porque normalmente não sei. Tenho medo de me perder.
De perder a minha pessoa.
Ele ladrou. Mas e eu? Quando vou perder esta batalha?
3 comentários:
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Ps. Quem ladra não morde :D
Eu ladro... mas não meto medo a ninguém!
quem tem medo compra um cão!
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