Faltas tu. Faltas sempre tu.
Conhecer-me-ás, ainda? Tu conheces-me.
És um eu tão cá de dentro que o teu nome só faz sentido para os outros. Um nome que só faz sentido por fora, por si. Não por ti. Eu...eu sou tu. És-me num cantinho, quentinho, com cheiro a remédios. Com camas altas e janelas e cadeiras que rodam e sobem e descem. E sofás de cambalhota. Um cantinho que por existir faz com que eu ate pareça uma pessoa. Com qualquer coisa viva. Qualquer lume, qualquer bicho, qualquer alegria de..continuar.
É estúpido. Mas, por hoje, é só isso que temos. É que continuas. Gostava de lembrar-te que...continuar é bom. É mau, mas hoje é quase tudo. Gostava que soubesses que faltas. Só falta quem está. Quem é nós. Em quem nos deixámos.
Deixei-te-me. Vive-nos.
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