quarta-feira, novembro 17, 2010

Azuki-Chan. :)

Alguém sonhou que o Facebook era esvaziado de "faces" e invadido por recordações de infância. A ideia passou; é o Facebook!
Pus-me a procurar pelos desenhos animados que passaram em Portugal na década de 90, e descobri uma montanha de bonecos que marcaram (bem, mais ou menos!) a minha infância. Mas não encontro alguns dos meus preferidos!
Eu era uma pessoa que se levantava às seis da manhã para ver a abertura da emissão. Nem que ficasse séculos a olhar para aquelas riscas às cores, eu ficava sossogadinha no imenso sofá da sala (na altura, sim, era um sofá imenso onde me afundava) a olhar para uma imagem estática à espera dos desenhos animados.
Alguém se lembra de uma série que se passava numa cidade repleta de seres de todas as cores que eram bolas com cara e pernas? Todos os seus nomes começavam por senhor ou senhora. Eu adoraaava aquilo, mas não consigo encontrar na net... Não encontrei muitos outros, de que já esqueci os nomes. Não os encontro...são recordações que não concretizo.
Engraçado como uma ideia de alguém no Facebook nos traz uma viagem tão íntima. Engraçado como as nossas viagens tão nossas, são ao mesmo tempo em parte partilhadas por toda uma geração. Engraçado como em algumas coisas, sem querer, nos vemos situados no tempo com precisão.

segunda-feira, novembro 15, 2010

312

Faltas tu. Faltas sempre tu.
Conhecer-me-ás, ainda? Tu conheces-me.
És um eu tão cá de dentro que o teu nome só faz sentido para os outros. Um nome que só faz sentido por fora, por si. Não por ti. Eu...eu sou tu. És-me num cantinho, quentinho, com cheiro a remédios. Com camas altas e janelas e cadeiras que rodam e sobem e descem. E sofás de cambalhota. Um cantinho que por existir faz com que eu ate pareça uma pessoa. Com qualquer coisa viva. Qualquer lume, qualquer bicho, qualquer alegria de..continuar.
É estúpido. Mas, por hoje, é só isso que temos. É que continuas. Gostava de lembrar-te que...continuar é bom. É mau, mas hoje é quase tudo. Gostava que soubesses que faltas. Só falta quem está. Quem é nós. Em quem nos deixámos.
Deixei-te-me. Vive-nos.