quinta-feira, outubro 09, 2014

Abismos habitados

Abismados com a hipótese de não nos termos uns aos outros.
Queremos ter-nos para sempre. Para saber uns dos outros, para sabermos ser sozinhos.
Sem alguma pessoas, não sabemos nada.
Será que os animais sentem a falta uns dos outros?...
A hipótese de um dia a vida continuar sem o meu pai.
As pessoas importam-nos porque é nelas que moramos. É nelas que nos construímos. Podemos fazer coisas, mas mesmo aí é para pessoas. É nelas que nos conhecemos. É nelas que vemos o Criador e é para elas que vivemos, damos, trabalhamos, fazemos, corremos, choramos, nos desarmamos, não compreendemos, e não compreendendo, ficamos.
Quanto de um pai, um colega, um marido, um avô, fica no seu filho, amigo, esposa, neta? Quanto de uma vida toca, muda, ama, cuida, fica noutra?
Vimos do pó e ao pó voltaremos. Sabemo-lo desde sempre! E não muda nada. O que muda, é que somos de Deus. E é só amando até ao fim, entregando até ao fim, sendo família até ao fim, levando Deus em tudo e sempre, que temos eserança.
Redimidos em Cristo, somos parte do seu Corpo. Uns para os outros. Pequenos sinais do amor de Deus pelos seus filhos. Pequenos sóis. Nele, a nossa luz não se apaga nunca.

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