Ténis? Tennis?
O que é certo é que tenho um sapato no tecto.
Ao contrário, i. é, de cabeça para o ar. Se é que os sapatos, ténis, tennis, têm cabeça. Bem vistas as coisas, o téni (ténis?) não é meu. Nem o tecto.
Mas está lá, o sapatinho. Pendurado pelos atacadores com um laço, com a sola virada para cima, no céu do quarto onde eu durmo.
Há pessoas que fazem ahh depois de beberem água. Há pessoas que escrevem livros, e também as há que não os escrevem. Todas as pessoas são estranhas pelas coisas que fazem, sobretudo porque fazem essas coisas não as outras possibilidades de coisas para fazer. Há pessoas que dizem téni, e também isso nos diz qualquer coisa.
O que é estranho, então? Tudo? Gosto que sim. Afinal é isso que nos apaixona nas pessoas.
Lembro-me de estranhar escrever o meu nome. Era assim que eu me chamava, e agora podia escrevê-lo.
Voltar a olhar. Uma primeira vez.
No tecto, ao menos, não está desarrumado.