Uma viagem silenciosa, como quem está no meio da rua a ver um furacão chegar. Não é bem medo. Antes uma confiança estranha no que está para vir. Bom ou mau...nada a temer: é uma experiência.
Gosto de me sentar no chão e cruzar as pernas "à chinês".
Espero, apenas, pelo que vem na travessa para a minha mesa.
.
Atrevo-me a ficar, tão somente, a vê-lo chegar. Por vezes, corro para ele na ânsia incontida; por outras, recuo um pouco para ganhar algum tempo que ainda me é útil. No final, e seja como for, é sempre um encontro desejado. Ele vem ao meu encontro e eu espero-o no meio, no centro, onde a pressão é nula.
.
.
É assim que tudo posso: está tudo bem.
.
.
.
Pois é. Fui para um convento. Se doeu? Obviamente. Enxertos de porrada deixam sempre as pessoas - que sentem - doridas, com nódoas e cicatrizes provenientes das investidas mais certeiras. Não nasci de novo. Não mudei de nome. Não mudei de vida. Mas estou aqui...dorida...e a digerir.
1 comentário:
Quem diz que crescer não faz doer? Sim, crescer faz doer... mas traz-nos alegria, liberdade, o desejo de caminhar sempre para mais, para mais com Alguém...
Sónia,pddm
Enviar um comentário