O grande Hugo dizia que não é nosso, só emprestado. E o Vasquinho dizia Pois e sorria um sorriso graaande e eu ficava a cogitar naquilo até cair para o lado. Caía para o lado porque o sorriso do Vasquinho era mesmo muito grande, tinha covinhas e tudo.
As coisas embrulham-me às cambalhotas, mas eu acho que é tudo uma conspiração porque elas querem que eu pense que sou eu que me embrulho nelas porque não soa muito bem dizer que uma coisa empurrou uma menina que já devia ter juízo.
Não é nosso, tinha dito o grande Hugo com aquele ar tão importante que ele tem.
Quão grande é isto?
Toda a liberdade, toda a responsabilidade, toda a pequenez, toda a alegria...tudo nosso! Saber que um dia vamos poder chegar e dizer Toma com um sorriso grande como os do Vasquinho. Porque não é nosso! Tudo depende do sumo que fazemos com as tintas que nos deram. E este sumo depende obrigatoriamente de saltos, de ares importantes e de pois.
Olhaa, trouxe isto, e isto, e este assim e ... Bem...hum... Toma.
Tudo posso. Assim.