quinta-feira, janeiro 21, 2010

Eu posso tudo.

O grande Hugo dizia que não é nosso, só emprestado. E o Vasquinho dizia Pois e sorria um sorriso graaande e eu ficava a cogitar naquilo até cair para o lado. Caía para o lado porque o sorriso do Vasquinho era mesmo muito grande, tinha covinhas e tudo.
As coisas embrulham-me às cambalhotas, mas eu acho que é tudo uma conspiração porque elas querem que eu pense que sou eu que me embrulho nelas porque não soa muito bem dizer que uma coisa empurrou uma menina que já devia ter juízo.
Não é nosso, tinha dito o grande Hugo com aquele ar tão importante que ele tem.
Quão grande é isto?
Toda a liberdade, toda a responsabilidade, toda a pequenez, toda a alegria...tudo nosso! Saber que um dia vamos poder chegar e dizer Toma com um sorriso grande como os do Vasquinho. Porque não é nosso! Tudo depende do sumo que fazemos com as tintas que nos deram. E este sumo depende obrigatoriamente de saltos, de ares importantes e de pois.
Olhaa, trouxe isto, e isto, e este assim e ... Bem...hum... Toma.
Tudo posso. Assim.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Tristesse.

A tristeza é permitida. Tem de ser.
Tudo há-de ser permitido enquanto circular dentro das fronteiras daquilo que faz sentido no ser. Como a medicina, a educação, a verdade, o amor e a parvoíce e o cotão. O espaço. Um momento. - e depois o resto.
Porque aqui, a reacção não é imperativa. A tristeza não é algo a que se reaja, por ser já uma reacção que paraliza, de alguma maneira, outras reacções.
Mas o resto. A tristeza vem de dentro, e nós vivemos para fora. Permito-me, sim. Há alguém que abraça. Fale ou não, conheça ou não, tudo o que pode fazer é isso. E o resto virá, incólume. Ou nem por isso.
De uma maneira ou de outra, são as linhas com que se cose.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

2010

I have this new pijama. From my mom.
It's stripped and black and white and...grey.
There's always this feeling something has to change. Cause one day day tea's cool and we don't even notice anymore. I don' want to have cool tea every morning, but he's there!, and I always figure out a way of not saying a word, so I always keep it, and always know tomorrow he'll be there again. Cooler.
But there's always this feeling we can do something. Actually do something. To change. We know we can do something, almost anything, and many of those things could change it all, but... It's morning. We get to the kitchen. And there he is. Threatning. Ours. Maybe we could...just... Hmpf, I got to run, bye! Like Pablo Neruda's postman's coffee, "Tomo-o sempre amargo".
Have I told you I have this new pijama?
Yeah, my mom bought it for me.
Maybe it wouldn't hurt if I put in on, someday, don't you think?
I thing I saw something red on it. Weird, hug?