De sonhos, de receitas, de compras, de filmes, de livros, de moradas, de nomes completos, de emoções, de qualidades, de valores, de silêncios, de post-its, de chás, de casas, de palavras preferidas, de fotos, de músicas, de poemas, de autores, de lugares, de coisas que me lembro, de bilhetes, de refeições de que gosto e de refeições de que não gosto, de pedras, de frases, de slogans, de postais, de anúncios, de aniversários, de prendas de Natal, de afazeres, de genealogias, de salmos, de saldos, de cartas, de notas da escola, de mensagens de texto, de e-mails.
É isso que eu faço. Eu inventario.
Sou um catálogo de inventários, um inventário em mim mesma, e o meu quarto é o meu ovo. Onde tudo cabe, onde tudo se concebe, onde tudo ganha nome e definição. Porque o meu quarto está e é parte do "palácio de meu pai, onde todos os passos têm um sentido".
Um inventário em mutação. Por isso é que me juntei ao ICheckMovies, por isso é que sou geocacher. Para inventariar sítios e descobertas e passeios e histórias e filmes. Eu inventario.
Renato Russo pedia-nos que fizéssemos uma lista de amigos e uma lista de sonhos. Exupéry disse que era bom que tudo fizesse sentido. Há pessoas que gritam. Eu inventario. Mesmo que isso implique escrever num papel tudo o que o meu ovo contém.
1 comentário:
Entre todos os inventários, não esqueças O mais importante.
;) Yellowapple
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