Hoje quis explicar o que é amar. As minhas crianças queriam saber, e eu quis explicar.
Será que elas amam? Será que sabem melhor que eu, mesmo sem saber? Ou não têm ainda essa faculdade?...
Será que elas amam? Será que sabem melhor que eu, mesmo sem saber? Ou não têm ainda essa faculdade?...
Eu falhei.
Um dia vão ser adolescentes, e depois jovens, como eu. E depois vão ser o que vem a seguir. E vão "sentir", e "saber". E perguntar, e ler, e ver, e ter, e fazer.
Hoje esquartejei o amor em caixinhas chamadas "respeito", "perdão", "amizade" e outras que tais. Ainda vivo, arranquei-lhe as patas para enfiar em tachinhos e pôr ao lume.
Eles ficaram satisfeitos com o prato, mas eu acho que é porque não estavam comigo na cozinha e não viram a chacina.
Hoje um crianço, meio enfiado, depois de eu ter perguntado se gostavam dos irmãos deles, respondeu baixo e quase indignado Eu não gosto, eu amo. E aquilo deu-nos pano para mangas e carapuços.
De onde me é dado que eu tenha meia dúzia de crianças para cuidar, para...amar!, e possa falhar redondamente?
Eles ficaram satisfeitos com o prato, mas eu acho que é porque não estavam comigo na cozinha e não viram a chacina.
Hoje um crianço, meio enfiado, depois de eu ter perguntado se gostavam dos irmãos deles, respondeu baixo e quase indignado Eu não gosto, eu amo. E aquilo deu-nos pano para mangas e carapuços.
De onde me é dado que eu tenha meia dúzia de crianças para cuidar, para...amar!, e possa falhar redondamente?
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