quinta-feira, dezembro 13, 2012

C'est beaucoup moins dansant!

Au premier temps de la valse, toute seule tu souris déjà...
Au premier temps de la valse, je suis seul mais je t'aperçois...

Às vezes é uma questão de sorte. Depende dos dias! Há dias em que tudo tem um lugar, e outros há em que o lugar mudou de sítio sem avisar.
Às vezes são grandes coisas. Grandes decisões, grandes acontecimentos, life-changing. Depois disto, tudo.

Mas e nos intervalos? No deserto? No gap entre um e outro picos, entre o início da aula e o intervalo? Há toda uma valsa de mil tempos, de mil solicitações, mil pares à espera para dançar. Eu fico. Fujo do salão porque acho que parti o salto de um sapato. Arrumo a trouxa no vazio, monto calmamente uma cabana e espreguiço-me a pensar como acampar é feliz e entusiasmante.

Tempo de esperança, mas sobretudo de esperar. Cheira-me que era suposto eu preparar também alguma coisa. E isso vai ser feito. Mas quem é que exige mais que eu o faça?

Jacques Brel - La valse à mille temps

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