Escrevo hoje coisas que amanhã poderei achar estúpidas e sem lógica.
Tenho ideais, crio as minhas filosofias de vida, diferentes das que já tive e, eventualmente, diferentes das que terei no futuro. Não paro, estou sempre a evoluir. Não paro, nunca hei-de parar até ao dia em que morrer. E aí será tudo claro, não vou precisar de continuar.
Assusta-me a ideia de que a vida, o tempo não param para descansar um pouco. Não sei o que o futuro guarda e não me posso preparar para o enfrentar, para o ver, para o viver. Mas talvez seja apenas o meu cansaço a falar. Porque de outras vezes encaro tudo o que me espera como um mistério curioso...e divirto-me a desenhar o meu futuro e ir vivendo-o um dia de cada vez. Mas não agora. Agora queria...saber já. Saber já as respostas que hoje me esmagam, me frustram por não as ter.
Isto é apenas agora; no entanto...futuramente...não pensarei o mesmo certamente.
Se nós mudamos constantemente...o que é que nos dá continuidade? O que é que faz com que eu seja sempre eu?
Aprendi que mudamos sempre, posto tudo aquilo que vivenciamos...ganhamos novos pontos de vista sobre as coisas e criamos uma vista de pontos...passamos a ver esquilhões de pontos de vista....é isso que é crescer...
...Sendo assim nunca poderemos dar uma definição de nós próprios, daquilo que somos, porque nunca somos os mesmos...
Mutantes.
Talvez.
Vou dormir.
1 comentário:
Mas ser eu significa exactamente construção.
Só sou eu se souber continuar a evoluir.
Quando deixar de ser diferente, já não serei eu, serei apenas um esboço arquivado nas pastas dos imprestáveis de um qualquer museu.
Eu não sou aquilo que quero ser.
Sou a construção que vou sendo capaz de deixar Deus fazer...
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