Um blog acerca da concordância entre o pensamento e o objecto do pensamento. Por meio de tentativas, erros e silogismos parvos, usando de alguma dialéctica, muita metafísica e muito pouco distanciamento crítico. O eu não existe. Mas os pijamas sim.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Pretérito Imperfeito
Quando as luzes se apagavam
E a festa acabava
E tudo tomava um gole de silêncio
E a noite adormecia ela própria
Tu costumavas ficar
Levavas-me aos jardins da cumplicidade
Onde habitava aquele nós
Cabia por inteiro no teu peito
Cabíamos no mesmo sonho
Na mesma rotina sempre nova
Sempre melhor
Costumavas ficar e
Despedir-te naquele teu olhar esfíngico
Que sempre escondeu,
Qual cortina impenetrável,
Todos os teus pensamentos
Todos os teus desejos
Os teus mais profundos segredos
Sem nunca conseguires dizer
"Adeus!"
Costumavas ficar e
Prometias voltar e
Fazias-me sonhar e
Eras o mundo
Eras o mundo a que eu queria voltar
Por mais voltas que desse no infinito
Por mais viagens que tivesse de fazer
Eras a sobremesa
Que completava cada dia
E o fazia saber melhor.
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