sexta-feira, agosto 21, 2009

Saltinhos

Há dias para tudo. O que é uma grande mentira. Nós é que podemos tudo.
E é assim. Ele está.

terça-feira, agosto 11, 2009

"Cum escamartilhão!..."

Eu descobri que estar chegando é estar partindo ao mesmo tempo.
Não há cá metafísica: é tudo software. A alta tecnologia dos pequenos sinais de vitalidade liga aqui e aqui e aqui, em sítios que não se vêem nem se pegam.
No sistema central, a Unidade da Dor vive consciente de que a dor não termina, dê por onde der, e a boa notícia está por aí: a dor não termina. Simplesmente não termina. É aqui que começa a minha liberdade. Tal como Thibault queria, na verdade.

sexta-feira, agosto 07, 2009

assim sem mais nada, com voz de rádio antigo

Pois eu tive um sonho.
E dançava-se e tudo. E não era tudo bom, porque não era daqueles sonhos queridos e fofos. Continuava a existir cancro e fome e o alcool continuava a ser a 4ª causa de morte em Portugal.
Eu tive um sonho.
Eu tive um sonho e depois acordei, e não posso dizer que a realidade fosse melhor, porque não sei, mas talvez não fosse - como já disse, não sei, - mas o que é facto é que. É o quê? Well, basicamente, Há aqui coisas. E isso conta.
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Mais do que tudo.

quarta-feira, agosto 05, 2009

come. e cospe.

Charlie Chaplin estava enganado.
O riso e as lágrimas não são antídotos contra o terror. Porque antídotos anulam venenos.
O riso e as lágrimas antes são subterfúgios. Antes são máscaras, são desculpas; saídas boas e convenientes. E fáceis.
O terror está lá e lá fica. Tal como o medo. Tal como o pavor e o nojo e a dor. Ferem, destroem, escarafuncham. Quanto mais forem disfarçados, mais diluídos, mais escavam, mais roem, de maneira mais atroz de cada vez.
Ri-te, porque rir faz bem! E depois chora, chora tudo aquilo por que te vai apetecer chorar. Não vai ser pouco! Chora. Chorar faz ainda melhor do que rir. E depois reage, como toda a gente que se encara e se afia e desafia para riscar e arriscar. É a altura em que tu cospes. De surpresa. De nojo. Passou o riso e o choro e tu percebeste que o terror ainda te sorria, à tua frente e a comer da tua mesa.
Tua?
Não. Haha. Nãão. Nada será sempre nosso.
Se isso te sossega, nem o terror.

Segredo, como a cor.

São de quem esconde. São de quem tem.
São um por enquanto, mesmo que seja eternamente.
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Não gosto, pronto. Só isso. Peço desculpa, então.