O luto é outra coisa.
É a estrada que um faz sozinho, que tem tanto de incomunicável como um iceberg de submerso. Luto é impacto, é dor, é gaguez emocional. É caminho, é crescer, é morrer também e recomeçar.
É comer as palavras de Sophia quando diz que
Em nome da tua ausência
Construí com loucura uma grande casa branca
E ao longo das paredes te chorei.
e aprender com ela que " (...) as minhas mãos não podem prender nada.".
E porque é dor, um dia é aceitação. Sair da Unidade da Dor, tirar o último cateter. Deixar que o Inverno morra em nós para a identidade voltar a espreitar, renovada.
Necessariamente difícil, absolutamente necessário. Às vezes, lindíssimo. E por isso é que é outra coisa...