terça-feira, maio 12, 2015

O Algarve é uma cereja.

Fecho os olhos de repente, sem parar de andar.
O calor e a claridade forçam-me a entorpecer ao de leve enquanto saio do ambiente climatizado.

Quanto ganhamos ao fim de quatro anos de estudo? E de dezasseis?
Eu ganho uma multidão incontável.

Professores, amigos, colegas, orientadores. Obstáculos, desafios, reforços, notas. Aquisições, raciocínios, competências. Muitas horas de procrastinação.

Utentes incompreensíveis. Mas depois audíveis, visíveis. E interpretáveis, e competentes e válidos. E eu aqui, a esforçar-me por construir pontes. Tão débeis, às vezes! Por arranhar o muro até conseguir ver para lá dele. Que tola...

Eu, este nada, esta patanisca no meio dos bacalhaus a sério, a tentar ajudar alguém.

"Ana, tem a certeza de que é isto que quer fazer para o resto da vida? Ainda vai a tempo..."

Eu coro. Sim. É isto.

Sem comentários: