Ver-me-ás como serei?
Como poderemos alguma vez saber se aquilo que vemos é, realmente, aquilo que é?
Como vamos saber se estamos errados, se toda a gente disser o mesmo que nós? Podemos estar todos errados?
Se olhamos todos para um mesmo contentor, vamos, por certo, todos dizer que ele é verde. É, normalmente, a primeira definição visual que damos das coisas: a cor. No entanto, se há coisa que o coitado do contentor não é, é verde. Aprendemos na física que o objecto guarda para si todas as cores que quer, repelindo a que não quer! O raio do contentor guardou para si todas as cores que queria. E mandou embora o verde. E nós chamamos verde ao contentor!!
É a confirmação mais básica, mais evidente de que os nossos olhos estão errados.
Chamamos-lhe verde. Todos nós. Não vai ser por isso que ele vai gostar mais do verde.
Quantas vezes não nos apercebemos de que os olhos vêem o que o cérebro quer ver?
Quantas vezes não olhamos segunda e terceira e quarta e quinta vez e de todas as vezes vemos algo diferente?
Quantas vezes não precisamos de um novo olhar sobre isto ou aquilo?
E quantas vezes um novo olhar não mudou tudo?
2 comentários:
Minha querida!
Acbaste de definir o que eu faço todos os dias!
Ajudar as outras pessoas a poder olhar de maneira diferentte para o que sempre viram de determinada forma!
Pois... a objectividade não existe!
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