É possível que viva em mim alguém que nunca vi? Não, mas eu vi. Será possível que viva em mim alguém que nunca conheci? Não, claro que não, se não conheci, não. Mas eu conheço, e vou conhecendo, porque vive em mim e eu conheço.
Sinto que é, que foi, e que é sempre.
A vela é o tempo que arde. O tempo é a vela que passa.
Às vezes apetece-me ir até ao cemitério dizer olá a um resto de corpo morto...dizer Sou a Ana e já tive oito anos, como tu também já tiveste...! Vou andando agora nos meus dezasseis e não fazes ideia das coisas que tenho para discutir contigo!
Mas faz. Porque está e as minhas coisas são um livro aberto para quem está. Se não estivesse, eu não sentia que sim.
"Um dia a minha mãe também vai para ao pé de ti e então tu vais ser-me muito útil e voltar a falar-lhe daquelas coisas só tuas...e eu vou chorar de felicidade quando perceber que voltaram a rir-se à gargalhada...a tal gargalhada de cabeça para trás... Vais ver!"