quarta-feira, junho 03, 2009

Para mim todos os dias são derrotas II

Porque senão eu ganhava.
Porque senão já não havia aqui nada para fazer, porque estava ganho.
Quero ir. Quero querer! Quero continuar a perder e a não ter para poder continuar a ir ganhando.
Quero, quero, quero, e quero nunca deixar de querer. Porque quando eu não quiser mais, já não há em mim sonhos, já não há em mim saltos, nem sóis, nem bichos, nem tangerinas, nem chocolates, nem foguetes, nem flores, nem precipícios, nem teoria alguma, nem qualquer réstia de vida.
Cada dia é uma chapada. Cada dia é a oportunidade de a curar. De a superar. E de confiar que, quando chegarem outras, havemos de chegar para elas todas.
Não há aqui nada que seja meu. Perdi tudo. E nada me dá mais força, nem mais poder, nem mais confiança. Não há aqui absolutamente nada que seja meu.

4 comentários:

mac disse...

Mentira.
Entao e eu?

Boop disse...

Nem tu, mac!
Só serás segura (totalmente) enquanto não crescer... é assim!
Mas serás sempre ponto de apoio!
Não é assim Anita?

;)

Mas a vida dá mais do que chapadas! Garanto-te!

Anónimo disse...

Pois eu olho para ti vejo imensas tangerinas, sóis, foguetes e chocolates!
Lembraste-me a lagarta e a borboleta...
Bem pode dizer a borboleta: "Não há aqui nada que seja meu. Perdi tudo".
Mas VIDA que nela se recria, de formas novas e inimagináveis dá-lhe a certeza de SER: "e nada me dá mais força, nem mais poder, nem mais confiança".

Bjocas
Graça

sara. disse...

Tangerinas há-de haver sempre! Aposto contigo o que quiseres.
Coiso.