Saber que tudo vai acabar não tarda.
Saber que em breve estaremos distantes e autónomos e não teremos nada que ver um com o outro.
Saber que vou guardar tudo numa caixinha, numa gaveta, num envelope, para voltar a pegar num amanhã que virá muito depois.
Saber que não posso parar agora, que ainda está tudo na mesma, e que terei de continuar sozinha, em frente, e que a minha frente a partir de agora não é a mesma frente que a tua.
Perguntar-me se alguma vez foi.
Perguntar-me se alguma vez olhámos o mesmo ponto, buscámos a mesma meta, sonhámos o mesmo horizonte.
Perguntar-me se valeu de alguma coisa.
.
Esperar.
.
O momento em que não vou querer olhar para trás, para não doer mais.
.
.
Sonhei…
-- Tenho de ir, agora.
- Sim. Leva juízo.
-- Algum.
- Hum, gosto muito de ti.
-- Er…vou ver se passo cá de visita.
- Ok. Vai lá.
-- Txau.
.
Não sabia que se podia sentir a partida e a falta de alguém que ainda não partiu e ainda está presente. Mais uma coisa que aprendi.
Confesso: nunca sonhei que viesses a importar-me tanto…
2 comentários:
vais-t embora mas n t vez livre de mim ana.
:-)
Olá João!
(É tão estranho chamar-te João...)
Olha, amigo, o teu "vez", do verbo ver, escreve-se com -s, "vês", e depois, não sou eu quem se vai embora...mas fico contente por não me ver livre de ti na mesma!
Um beijinho*
Ana
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