quarta-feira, dezembro 03, 2008

Catapulta.

Frágil, a minha boneca.
É tão frágil como um fio de cabelo de cristal.
Ela é forte, sim. Mas a sua força é o ponto fraco que faz da alma dela a mais frágil do jardim das bonecas.
Sabes que mais? Construí um castelo à volta dela. Da minha boneca. Podia protegê-la todo o dia, com todos os meus muros, num abraço de segurança, de pertença.
E depois nasceu a catapulta. Estúpida, a catapulta, hein? E os meus muros, até o mais alto e magestoso muro restou por terra. Hoje, a minha boneca não está protegida...
...nem está lá.

5 comentários:

Ritinh@ disse...

Vim so para te deixar um beijinho***
Esta tudo bem anita?

Ritinh@ disse...

Vim so para te deixar um beijinho***
Esta tudo bem anita?

mac disse...

Sabes bem que todas as bonecas são frágeis, mas daí advém a sua especificidade - logo, a sua força.
Sabes também que não vale a pena construir muros e redomas e qualquer tipo de protecção - o que vale mesmo a pena é dar-lhes os instrumentos (sobretudo afectivos e mentais) para elas se fazerem à vida. Cheias de energia, de esperança e de fé. Em Deus, no mundo, nos outros, mas sobretudo em si próprias.
Obviamente os muros caem.
Obviamente as catapultas surge.
Obviamente que, se nada disto acontecer, as bonecas simplesmente fogem. Porque não se fizeram para estar enclausuradas.
Fizeram-se para ser livres e se fazerem à estrada.
E rtanto mais lindas são quanto mais espaço tiverem para desabrochar.

(A carapuça serve-te?)

Boop disse...

Para além de concordar com a mac (que parece ser uma pessoa interessante, tens de me a apresentar um dia!), ocorreu-me o seguinte pensamento:
"ainda ´bem que a boneca se escapou! tanta protecção corre o risco de ser claustrofobica! Deve andar feliz a ver o mundo fora do castelo!"

mfc disse...

Nunca houve muros que nos protegessem.