Au premier temps de la valse, toute seule tu souris déjà...
Au premier temps de la valse, je suis seul mais je t'aperçois...
Às vezes é uma questão de sorte. Depende dos dias! Há dias em que tudo tem um lugar, e outros há em que o lugar mudou de sítio sem avisar.
Às vezes são grandes coisas. Grandes decisões, grandes acontecimentos, life-changing. Depois disto, tudo.
Mas e nos intervalos? No deserto? No gap entre um e outro picos, entre o início da aula e o intervalo? Há toda uma valsa de mil tempos, de mil solicitações, mil pares à espera para dançar. Eu fico. Fujo do salão porque acho que parti o salto de um sapato. Arrumo a trouxa no vazio, monto calmamente uma cabana e espreguiço-me a pensar como acampar é feliz e entusiasmante.
Tempo de esperança, mas sobretudo de esperar. Cheira-me que era suposto eu preparar também alguma coisa. E isso vai ser feito. Mas quem é que exige mais que eu o faça?
Jacques Brel - La valse à mille temps